terça-feira, 28 de setembro de 2010

Super-Egóis da Sombra!

E vivam os Super-Egóis, que nos espelham os medos e a 'desnecessidade' do nosso Eu super-egóico, mostrando-lhe o que não quer ver, e que, como tal, quer de impulso ESMAGAR!! Os Super-Egóis são nossos amigos (entoação Isabel Alçada) e salvam-nos das forças do mal - neste caso as nossas próprias, interiores! Vivam os SUPER-EGÓIS!! (expressão inventada em brainstorm com o meu amigo FB, Rui Santana!)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Contorcionismo Interior

Dou por mim muito longe de mim. Percebo que estou à voltas, contorcendo-me internamente, a tentar encontrar uma forma de ser que agrade a um outro ser. (Como se eu pudesse saber o que de mim agrada ao outro. LOL). Um esforço de adaptação plástica interior, mental, mutante.  Como já fizera há um tempo, não muito distante. A grande diferença é que, agora, e no entretanto, afeiçoei-me a mim. E o esforço da contorção, apesar de ter existido por umas horas, morre à nascença.

A Sombra sorri. Puta!

:)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Como setas a indicar direcções diferentes...

... assim me sinto. Quando uma se demarca das demais vou atrás dela. Depois sou cruzado por outra que indica nova direcção. Confortável neste novo caminho, sou trespassado por nova e sigo-a.

Assim está o meu interior. As setas são pensamentos. E furam-me como as de Sebastião. A Sombra ri-se à gargalhada com o glamour que construo para a esconder, nas palavras que aqui vou 'escatologizando'. Não quero. Mas faço-o.

'Viagem?.. o carélio!' Ela não se incomoda nada com as viagens que faço para me construir como ser de enigma, de profundidade espiritual, de conexão quântica..

'P'ó carélio!' - repete! 'Tanta metaforização do podre! Ahahahahah! O podre é para ser mostrado como é, não como nos é mais fácil ou mais sedutor..'

Eu intervenho: 'Certo, mas não me queres destruir pois não?, queres curar-me...'

A Sombra cede. 'Viaja quanto precisares, mas não te enganes. Eu estarei aqui para te ir lembrando. E sabes bem as ferramentas que uso para to lembrar..'

A ameaça quer soar pedagógica, aos meus ouvidos..

Dramalhão!

Viagem

Falava.. a custo. A tentação do discurso organizado e seguro, demonstrador do meu controlo sobre a vida, tentava furar, mas a minha voz recusava-o. Para tal me tem valido o cansaço e este estado exangue. Tendo assuntos emocionais para falar, não conseguia deixar de sentir o embaraço da exposição dessas 'insignificâncias', e isso perturbava-me o espírito. O que é certo é que a outros assuntos a minha Voz recusava-se a dar voz. E, assim, entre estas vontades opostas, permanecia calado. Ou.. mais ou menos calado, em balbucios trémulos, estilo bolhas de ar a explodir no magma. Senti claramente que, a avançar com aquilo, só teria voz para me expor. Para dizer e falar das 'merdices'. Dos sentimentos. Bom, aceitei. E o silêncio começou a ser quebrado. Era o tempo de antena da Sombra. Ou lhe dava voz ou sairia dali com uma sensação clara de frustação e cobardia. Dei-lha.

Comecei a falar dos 'nadas'. Dos meus silêncios mal interpretados pelos outros; das desconsiderações que me sentia alvo; dos encontros 'mágicos' que pedira à vida e que ela tinha tido a ousadia de me dar, donde eu agora não sabia o que fazer com aquilo; dum telefonema para encontro que me prometeram e não cumpriram; duma ida à praia em que dormi enquanto todos os outros falavam; do 'p'ó caralho' que textei; do site de engate.. A Sombra, no seu esplendor. O meu 'eu' no e do momento.

A sorte é que, em mim,  o juízo de moralidade mora ao lado! A culpa não.. infelizmente. Por isso me desafiei a dar voz à puta da gaja, a Sombra. E tenho-o feito pouco, aqui.

(Agora que começo a ser lido, e depois de ter sido recomendado, sinto-me ainda mais exposto. Não faço disto 'bicha de sete cabeças' - esta bicha só te uma, duas vá! - mas mói. Quem me ler terá que ser compreensivo. Ou livre de não me ler!)

Estava eu no meu relato intermitente dos 'pequenos nadas' que saiam muito a custo, apodera-se de mim uma sensação física. Tinha sido precedida duma outra que me assegurava tenuamente de que tinha tomado o caminho certo na sessão: preterido o discurso racional e aventurado no inconstante emocional.

Fechei os olhos, em automático.

A sensação era de fondue de queijo, como se o meu corpo fosse comprimido do seu tamanho para dentro, mais pequeno e compacto, e deixasse fios de queijo no caminho. Esse 'mais compacto' assumiu duas formas que se alternavam: feijão e crisálida de libélula. Alternavam e rodavam em eixo, qual galáxia. Ficou assim um tempo. Depois saiu de mim, em bébé, aninhado numa flor de lótus, com o caule a ficar para trás. Embarcou  num túnel cósmico e saiu num céu azul, que deu lugar ao espaço sideral. Lá ia a criancinha toda contente no seu colchão de lótus quando, de repente, em vez de se direccionar à luz (como intimamente desejava e esperava) entrou num espaço negro, viscoso, qual petróleo. Nisto, para minha estranheza, também esse escuro começa a girar e regresso à sensação de corpo. Sinto de novo o meu olhar, se bem que ainda de olhos fechados. Sinto do negro da imagem o negro por detrás das pálpebras, desta feita com fumo, também ele em giratório. E já sinto o corpo.

Abro os olhos, voluntariamente..


Sensação de 'cenas dos próximos capítulos'. Viagem iniciada, que continuará.

Demoro bastante a regressar à funções físicas de equilíbrio.

A Sombra em teasing..

Agora que escrevo, apetece-me beijá-la.